terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A velha, o trem e a tal lição.

Sentada num banquinho qualquer com um caderninho na mão e uma mente cheia de idéias, próximo a um trem que está prestes a partir, escrevo sobre o meu consciente, enquanto o trem passará logo a frente. Enquanto poderia eu, estar seguindo neste vagão; enquanto poderia eu, daqui a algumas horas estar deitada no teu colo,  você me fazendo cafuné e dizendo que eu sou a sua preciosidade, o seu bem tão valioso, e que ocupo um lugar especial no teu coração. Enquanto todos os acasos poderiam ser destino, enquanto todas as idéias subitamente loucas poderiam ser uma obra divina perfeita. Mas o que seria isto agora? Um vago passado? Uma amostra, uma pequena teoria daquilo que costumamos chamar de momento? Será que todas as frases bonitas daquele livro com a capa colorida, todas as palavras melosas e altamente intensas que costumam elevar o nosso humor, o nosso ego, o nosso interior, foram jogadas na lixeira? Ou será que mesmo cansada, calada, com sono, elas voltarão a cantar um dia, canções que preencheram tal laço? E, será que esse laço existirá daqui a dois, três, quatro anos? - Teoria. - Olho ao meu redor e percebo que há uma mulher de cabelo branco com aparência jovem me observando, bem de longe. Mas, por que? O que queres aquela mulher? Então, passo a observá-la também. Mas, ela me parece ser um tanto traissoeira. Mas, por que? Ela agora caminhava em minha direção... E finalmente chega, e para, e me olha, e respira, e me diz... O que esperas tu da vida, guria? Para onde vais? Por que estais sentada escrevendo enquanto poderias estar agindo? Cantando, dançando, sorrindo, correndo, gritando... Vivendo?  E me virou as costas. Ela saiu caminhando, do nada, sem expressão alguma. Então eu abaixei a cabeça, olhei para o caderno, e resolvi correr pra ver se ainda alcançava o tal trem. Ele estava prestes a sair, precisei me esforçar, e corri. Corri, corri, corri, desesperadamente, e finalmente consegui alcança-lo. Subi. E quando me sentei, lembrei daquela mulher que agora a pouco havia me ensinado algo tão vago mas, com um valor tão extremo. Ela havia me ensinado uma nova lição desse livro fantástico que é a vida. Mas, ainda assim... O que mais me preocupava, não era a velha com aparência jovem, nem o trem, nem a tal lição.. O que mais me preocupava, era não saber de você. Não saber onde estava, com quem estava, e para onde estava indo. Se é que estava indo para algum lugar. Mas, espero um dia encontrá-lo. Novamente.

2 comentários:

  1. Olá! No momento estou apenas te seguindo, mas prometo voltar e comentar em breve suas postagens!Agradeceria se seguisse o meu blog, assim criamos um vínculo que facilite a divulgação de ambos os blogs! passa lá? http://pinupclothingbrasil.blogspot.com/

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  2. Abrace sua loucura antes que seja tarde, gostei da frase:D

    Passa lá :*
    http://retratos-adolescencia.blogspot.com/

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"Talvez eu até esteja errado, mas que se dane. Se uma pessoa não tem paciência nem pra conquistar minha confiança e afastar meus medos, o que eu posso esperar, então? Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil. Eu supero e agradeço." - Tati Bernardi