terça-feira, 26 de abril de 2011

O Navio, uma vida e gotas de felicidade.

Dentro daquele navio que navegava sob as ondas azuis do mar, ela seguiria viagem. Na verdade, o navio estava atracado no cais mas, ela continuaria ali. Resolveu que jogaria todo o seu passado no mar, jogaria tudo ao vento para que tudo fosse embora, sumisse dali. Não porque havia sido ruim, mas sim, porque ela planejava um novo começo. E como todo bom começo, ela precisava apagar o que já tinha ouvido, dito, visto e vivido antes. E assim o fez. Jogou todas as cartas de seus antigos amores, suas recordações, suas canções, seus poemas, 365 dias por ano todos os anos que já tinha sido estuprado, no mar. E até então pensava que precisaria sumir dali, daquela cidade, para assim ter o que tanto almejava, "Um novo começo"... Mas naquele segundo, ela percebera o quanto estava enganada. E então optou por não mais partir e sim, continuar ali. Não porque não queria seguir viagem junto ao tal navio mas sim, porque ela queria viver novamente tudo aquilo que ela já tinha vivido mas de uma maneira diferente. Queria novamente distribuir sorrisos, abraços, ternura; Dividir momentos, emoções(dessa vez sinceros). E assim o fez. 
Pegou suas coisas, desceu do navio e agora caminhava em direção a sua felicidade. A sua VERDADEIRA paz e tranquilidade. 

O amor que ela sentia ali, dentro dela, era de verdade. De verdade.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem!

Eles te olham como se houvesse algo de errado com você. Como se o toque da música estivesse todo ao contrário, como se eu estivesse dançando fora de ritmo. Será que eles acharão que eu não sou tão normal assim? Não, eles não vão achar; Se fosse pra achar alguma coisa, eles já tinham achado. E olha que eles procuram bastante, viu? Mas ainda assim, o que pretende vir depois? Qual a conseqüência desses olhares atravessados, distorcidos e sem nexo algum? Eles te olham, enxergam o que não querem enxergar, na hora que não deve, falam sem pensar, tentam voltar atrás, erram mais uma vez, pedem perdão, cometem o mesmo erro pela terceira vez, e depois? Tentam suicídio? E ficam repetindo pra um ombro amigo qualquer: "Ah não, é porque eu não aguento mais essa vida cara... Não aguento mais os meus problemas... Eu não suporto mais isso..." A questão é que você não tem que suportar absolutamente nada, você não tem que ser obrigado a aguentar nada só porque você escolheu assim, você simplesmente é obrigado a aguentar. Nada vai mudar na sua vida se você não se mover. E não adianta dizer que não aguenta mais, que está cansado de tudo isso.. Nenhum passo vai ser dado, se você não resolver caminhar.
E não sou eu quem determina isso não coração, é a própria vida quem nos faz essa revelação. É  exatamente assim que tudo funciona. E quer saber mais? Se você continua repetindo que está mal, que está mal, que está mal, você só fica pior ainda. A partir do momento em que você QUER repetir pra si mesmo que vai ficar tudo bem, tudo vai ficar bem, acredite. É apenas a lei da sua própria consciência repetindo pra o subconsciente o que de fato, é a realidade. Se você realmente quer que algo se torne real, acredite, pois só assim dará poder a ela. 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A menina do ônibus.

Sair destraída de casa, me faz encontrar pessoas que eu não vejo a muito tempo. E eu gosto disso. Eu gosto de reencontrar as pessoas; de encontrar pessoas do passado, em tempos diferentes. É divertido essa coisa de brincar com as pessoas e com o tempo; Ao mesmo tempo surpreendente, pois não sabemos quem elas se tornaram.
Um dia desses eu encontrei uma amiga no ônibus que eu não via a mais ou menos uns dois anos. Ela me reconheceu(apesar de eu não ser mais a mesma... e nem ela) e acenou com a mão. Então me sentei ao lado dela, e conversamos. Conversa vai, conversa vem, e ela me conta um filme sobre a sua vida. Eu assustada por dentro e calada por fora, continuava a ouvir. Ela me falava sobre os lugares, sobre as suas dores, sobre as suas mágoas, e todo o desastre que essa coisa de "se entregar" havia causado na sua vida. Confesso que eu tentei até dar alguns conselhos a ela, tentei lhes dizer que a saída mais sensata e conveniente que ela poderia ter era tentar se reerguer e construir novamente aquilo que ela chamava a dois anos atrás de Meu pedacinho de chão. Ela me dizia de uma forma indireta que a vida havia sido muito dolorosa com ela, que quanto mais ela queria alcançar a vitória, mais ela caía sobre as ruínas das suas perdas. E eu fiquei triste por ela, e o que mais me doía era que a essa altura do campeonato eu não conseguia dizer nem mais uma palavra... Só sabia concordar e dizer: "unhum, aham, éé..."; Eu estava gritando por dentro. Eu me perguntava como ela podia ter vivido tanta coisa em tão pouco tempo, meu Deus...
Quantos anos aquela menina viveu?
Quando o ônibus chegou ao meu destino, eu tive que descer, eu não pude ajudá-la... Até porque ela não me ouvia, só falava, falava, falava e falava...
Então eu desci.
Ela não sabia, mas ela deveria ter me ouvido. Não por ser eu quem estava falando, mas sim porque saber ouvir é uma arte que poucos possuem. E se ela realmente queria mudar a sua vida, queria destruir aqueles cacos que ela carregava todos os dias sobre as costas, ela deveria aprender a ouvir mais. Daquela forma ela só se afundaria mais e mais. E como todo mar de desgraça e infelicidade, uma hora ela não encontraria mais um fim. Uma hora ela chegaria ao destino final, e depois? e aí? O que iria acontecer com aquela garota que um dia possuiu sonhos?

É... Ela deveria ter me ouvido.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.


Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.



- Lya Luft.

Quanta gente crescidinha e boba.

   Eu sinceramente me acho muito boba por pensar que pessoas que fazem questão de ficarem dizendo que me amam, verdadeiramente me amam. Que babaquice é essa? Se não me ama pra que repetir isso seguidamente dez mil vezes ao dia? Eu não preciso saber do amor de ninguém, nem preciso saber oralmente que sou importante para alguém de verdade. Eu só preciso de pessoas caladas, e que possuam "atitudes".. Quando eu uso a palavra "atitude" eu quero dizer que eu preciso de pessoas que ajam mais, que demonstrem mais, que provem mais. Tudo bem que eu pareço até meio boba quando faço esse tanto de afirmações, mas eu realmente queria pessoas assim. Uma, duas, três no máximo. É tudo que eu queria! Eu não preciso de pessoas sinceras, verdadeiras, realistas no que dizem. Podem mentir a vontade em suas ações. Mas por favor, não abram a boca pra dizer que me amam na esperança de que eu irei devolver o seu amor mútuo, sério. 
Quando me perguntarem: "Como você está?" por favor, demonstrem pelo menos o mínimo de interesse na resposta da sua pergunta, pra que eu consiga sentir o mínimo de vontade de abrir a boca e dizer: "Não estou bem." e se não quiserem ouvir os motivos do meu grandíssimo humor, me avisem. Porque quando uma pessoa está realmente cansada ou preocupada com algo, ela quer sair contando para a primeira pessoa que aparecer na sua frente, seja por msn, telefone, ou qualquer outro meio de comunicação... Ela só quer conversar. É só isso que eu peço em relação a isso, não mintam, não sejam falsos, ou pelo menos finjam não ser falsos, saibam omitir, mas por favor... Me cuidem, me ofereçam o ombro, me provem que eu mereço realmente amar alguém!

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"Talvez eu até esteja errado, mas que se dane. Se uma pessoa não tem paciência nem pra conquistar minha confiança e afastar meus medos, o que eu posso esperar, então? Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil. Eu supero e agradeço." - Tati Bernardi