sexta-feira, 15 de junho de 2012


"Mergulho em meus piores pesadelos e percorro a curta estrada do antidepressivo chamado "paz", e descubro que todos os meus anseios e devaneios podem parecer terríveis vistos a olhos sadios.
E nesse momento, desejo que o meu coração pare de bater e que todos os meus batimentos caiam vagarosamente em meio ao inferno. E permaneçam por lá durante toda a eternidade. Rezo para que o meu corpo seja queimado ao estilo Joana D'arc e que as minhas cinzas penetrem o interior da minha alma, dando-lhe a escolha a vida, oferecendo-lhe todo o seu féu e sangue condensado e estragado, servindo-lhe de veneno. Dando-lhe a chance de viver uma vida, dando-lhe a mísera chance de ser um Humano.
E ser um humano de verdade nesse paraíso infernal dotado de psicopatas e psiquiatras infiltrados em meio a multidão, é quase um privilégio(...)" - ThC.
Tentei viver por três vezes.
   A primeira foi desesperadora; esquivei-me um pouco, colocando as minhas mãos por sobre a válvula que me prendia àquele tanque. Prendi um pouco a respiração e pressionei os meus pés contra o chão. De uma maneira assustadora e eu não sei como, eu consegui prender a respiração durante o meu percurso até o pouco de oxigênio que ainda me restava. Consegui alcançar o ar? Sim, consegui. Porém, não durou mais que 2 segundos e logo o peso do meu corpo me obrigou a afundar novamente. Primeira tentativa sem sucesso.
   A segunda foi mediana, um pouco mais calma; deleitei-me sob a água e apenas consenti ao mandado do meu corpo.  E o pior de tudo era não conseguir imaginar uma maneira sentada de sair dali. E isso me frustrava. Mas acima de tudo, me fazia lutar contra o meu subconsciente, em busca de uma dose um pouco maior de calma. Mas, diante da minha primeira tentativa desesperadora, eu consegui pensar em algo. Sim, eu consegui.
   Fechei os olhos, respirei internamente, e pressionei mais uma vez a bendita (ou maldita) válvula. Dessa vez usando um pouco mais de força para que ela pudesse se romper, e eu pudesse escapar daquele compartimento apertado e sem circulação alguma de oxigênio. O meu medo de estar morrendo aos poucos, era o que me deixava mais aflita e agoniada. Mas eu não precisava desse medo nesse momento. Disso eu tinha certeza. Essa era talvez a minha maior certeza.
   Segunda tentativa fracassada. Os meus pés entraram em um transe terrível. Formigamento, câimbra e dores musculares. Parei por alguns segundos e fechei os olhos novamente. Dessa vez, revivendo toda a minha vida em questão de segundos.
   Lembrei-me do meu primeiro beijo, do meu primeiro e último amor, dos meus passeios escolares na época da infância e adolescência, das noites do pijama com as amigas, dos meus almoços monótonos no orfanato, de todas as encrencas das quais eu já havia me metido, enfim. Dos momentos mais marcantes da minha vida.
   Mas parei de pensar nisso, pois pensar nisso, era quase se entregar... E eu não podia nem devia me entregar. Não mesmo. Foquei apenas na minha tentativa de sair dali, apenas.
   Fechei os olhos, pela última vez, pois essa seria a minha última tentativa. A principal e mais importante. Pelo fato de que, eu não tinha mais forças, não conseguia mais pensar em nada, não conseguia mais ser eu mesma: o ser humano que nunca desistia.
   Abaixei-me um pouco, para dar pressão ao corpo, impulsionei os meus pés no chão e subi como uma flecha, empurrando aquela válvula com toda a força que ainda restava dentro de mim. Terceira tentativa: Um sucesso.
   Consegui sair dali, consegui respirar novamente, consegui me aliviar, e principalmente, consegui viver novamente. O que viesse dali adiante, seria lucro. 


- ThC.

sexta-feira, 18 de maio de 2012




  E o que eu queria? O que eu queria nem eu mesma sabia. Era algo inanimado, alguma coisa que existia somente na minha cabeça. Eu fazia tantos planos, criava tantas cenas, e mal sabia eu que tudo aquilo não passava de pura ilusão de ótica. Uma conversa sem nexo entre o meu consciente e o meu subconsciente a respeito dos meus devaneios. Ah! Eu criava tantos cenários; azuis, vermelhos, floridos, escuros, nublados, ensolarados, falsificados.
  Mas após um certo tempo, eu simplesmente não conseguia mais criar cenário algum. Ficou tudo preto e branco. Como em uma fotografia antiga; e não só antiga mas também, envelhecida, translúcida... 
  E eu mal conseguia enxergar os traços da imagem. E após mais um tempo, tudo escureceu. Foram-se as cores, as fotografias memoráveis em preto e branco, cores em sépia... Tudo se foi, tudo, tudo.
  E de repente, míope, daltônica, cega. E tudo se foi. 


- ThC

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Megalomania de quintal.





   Fomos agredidos por termos escolhido sonhar. E todos os nossos sonhos foram mutilados, acabados, terminados. Nos deixaram pensar que poderíamos ser quem sonhávamos. Fizemos planos, escalamos passos, calculamos o tempo, deu tudo certo no nosso pensamento, se não fossem por "Eles". Nos destruíram, nos acabaram. E agora? E agora?
   O que será que devemos fazer com esse vazio que nos restou? Qual será o nosso próximo passo pessoal já que a única opção que nos resta é a escravidão capitalista? O que os nossos pais e avós nos disseram a respeito deles: será verdade? Se não podemos confiar sequer naqueles que decidem o que seremos e pra onde iremos, em quem mais confiaremos? E o nosso futuro, e as próximas gerações, como ficam? Aonde entram nessa história toda?
   Precisamos de respostas! E como a Terceira Lei de Newton nos ensinou que para toda ação há uma reação, devemos agir. Precisamos agir para que haja uma reação. 
   Não se acomodem. Corram atrás dos seu sonhos, e não permitam que Eles o destruam com a sua imoralidade e o seu insulto indiscreto e objetivo.




- ThC

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O corpo e a mente. A ligação entre o controverso e o verso. A mente ilusória na cabeça de um corpo. E o corpo fazendo efeito em tudo aquilo que está.


- ThC.

Remoendo um passado que se passou por causa do futuro; O voo.

   O ciclo sempre funcionava dessa forma.
Saía com uns amigos, fazia outros amigos, me atraía por um deles, e de repente, quando dava por mim, já estava inteiramente apaixonada. Depois de um ou dois beijos, eu já estava completamente entregue a ele, e o era como se o meu coração já não mais me pertencesse, porque agora estava em suas mãos. Mas, eis que ele sempre o deixava escorregar e cair, só não sei se era de propósito. O sangue começava a jorrar em suas mãos, e o meu coração se sentia molhado, cansado de tentar não naufragar em meio a tanto sangue, e era ali que ele falhava e o deixava cair, sem querer, porque era sempre sem querer.
  E quando eu percebia, ele já estava no chão, e não dava tempo sequer de eu pensar em capturá-lo durante a caída, porque era rápido demais. E "era rápido demais", porque tudo sempre foi assim na minha vida. Não tinha um botão de STOP, ou de PAUSE, pra quando eu quisesse, ao menos, aliviar o ritmo um pouco.
  Mas, hoje, eu paro e observo o passado como um passado de verdade. Como algo que não se deve ser tocado ou acariciado. Como marcar e não feridas, como cicatrizes que doeram uma vez, como rotina que já foi seguida uma vez, e que não deve voltar a tona. Hoje, eu posso chegar a conclusão de que, diante de todas as quedas, ganhos e experiências, tudo o que resta em mim, todo o espaço a ser preenchido pelo futuro, que ainda resta no meu coração, é cada vez mais puro e "santo". E assim eu vou.


16/11/11


- ThC.

Ânsias convertidas em Felicidade.

  Depois de amanhã, será 2012. Um novo ano, mais um ano. E junto a ele, novas oportunidades, novos ideiais, novos princípios surgem... E junto a ele, o meu interior se renova. Renovam-se as minhas esperanças por um amanhã cada vez melhor, renova-se a minha fé, o meu caráter, a minha honestidade, minha paz, e a minha vontade de ser cada vez melhor. De dar o melhor para mim mesma. De ser melhor.
  Depois de amanhã, eu vou sentir uma vontade maior de querer correr atrás dos meus sonhos e planos. E nesse exato momento, eu sinto como se uma etapa antiga da minha vida, estivesse chegando ao fim. Como se eu estivesse abandonando o meu Eu antigo, para abrir as portas para um Eu novo. Mas apesar de tudo eu sei que não basta somente falar, eu sei que antes de todo e qualquer pensamento, eu preciso por em prática tudo o que me vier a mente para o meu bem. Não que esse novo Eu vá saber lidar com todas as consequências embaraçosas dos meus atos mas, eu tenho certeza de que ele saberá como lidar com boa parte delas, saberá exatamente como prosseguir nas mais difíceis. Caindo mas, sempre levantando... Se dedicando mais a cuidar das feridas e machucados, do que as dores e insatifasções. Sorrir, mesmo que doa.
  É verdade que eu não tenho muita coisa para dizer a respeito desse ano que está chegando ao fim, mas eu sei que eu aprendi muita coisa ao longo desses 365 dias. Sei que todos os meus erros, todas as minhas quedas, minhas dores e perdas nesse ano, me fizeram ser quem eu hoje sou. Ajudaram a construir a minha força, a minha perseverança, e a minha não desistência.
  E desse novo ano que daqui a pouco mais de 24 horas se iniciará, eu espero muitas alegrias, muitas conquistas. Novos sonhos, e sonhos realizados. É isso que eu espero. 
  E que assim seja! Sempre. 


  Um 2012 cheio de alegrias, conquistas, saúde, amor e paz, para todos.

30/12/11


- ThC.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

"O mundo é afligido pela morte e pela decadência, portanto os sábios não lamentam, pois sabem como o mundo funciona." - Ditado budista.
"- O local de descanso da mente é o coração. A única coisa que a mente escuta o dia inteiro são sinos dobrando, barulho e discussão, e tudo que ela quer é tranquilidade. O único lugar em que a mente vai encontrar paz é dentro do silêncio do coração. É pra lá que você tem de ir." 
- Comer, Rezar, Amar

A qual mundo você pertence? Mostre-me.

Segure a minha mão, não te deixarei, nunca. Andaremos juntos, do lado do lado certo, indo contra todo o mal. Sempre. 
Irei te proteger, para que não fique em perigo, para que se sinta acolhida. Vou me assegurar a cada 5 minutos de que você não sentirá dor. 
Sei que pode parecer difícil de acreditar, sei que a distância as vezes pode machucar mas, acredite, eu vou tentar. 
Se você adoecer, eu cuidarei de você. Se você precisar de ajuda, não hesitarei. Se qualquer coisa te machucar, eu vou cuidar da sua ferida. Sempre que pensar demais em mim e eu não estiver por perto para lhe abraçar, mande um pouco de luz e carinho. Estarei pensando em você também, e farei o mesmo. Mas por favor, não chore, não sofra, não se deixe enfraquecer. Eu estou aqui. 

23/12/2011, 22:46.
- ThC.

Tenha piedade do Amor.

Essa é a ultima chance que você tem para fazer tudo diferente. Vai, anda. Não deixe que tudo isso vire pó na estante da nossa memória. Faça algo. Mas faça.


31/12/2011, 23:34.
- ThC.

Loucura ou lucidez?

O que fizemos com o nosso autocontrole? Onde foi parar toda aquela segurança de quem sabia exatamente qual era a hora de parar? Quando foi que deixamos aquelas nossas máscaras de força cair e mostramos a nossa verdadeira face? 
Tudo isso é estranho e mútuo demais. 
Tudo isso é demasiado, incompreensível. 
Mas é Amor, e se é Amor, relevamos todas as perguntas e seguimos em frente.


03/01/2012, 23:53.
- ThC.
"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade. Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos." 

- O Pequeno Príncipe

Aquilo se parece com o quê?

Ainda que você passe a sua vida inteirinha a limpo, haverá sempre aquela folha de rascunho imaginária esquecida no fundo da gaveta. 


09/01/2012, 01:08.


-ThC.

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"Talvez eu até esteja errado, mas que se dane. Se uma pessoa não tem paciência nem pra conquistar minha confiança e afastar meus medos, o que eu posso esperar, então? Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil. Eu supero e agradeço." - Tati Bernardi