sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quântica.

Eu nunca soube dizer o verdadeiro significado da palavra Amor, porém, já o cantei várias vezes e o que é pior, nenhuma foi de verdade. Todas confundidas, inventadas. Eu sempre me preocupei com os textos que eu publicaria aqui, pois esse lugar apesar de ser meu, é público, e como todas as coisas públicas, naturalmente ele poderia ser visto por qualquer um que assim queira. Mas vamos lá, nos jogar... - Sempre quando alguém me perguntava se eu estava bem, eu sempre escondia, dizia que estava bem, estava indo, estava legal, e assim conseguia enganar todo mundo ao mesmo tempo. E as vezes até me batia um repente e eu resolvia dizer que estava mal só pra saber quem realmente se importava com a minha falsa infelicidade. Eu sempre tive medo de conhecer o desconhecido, mas no fundo eu sempre amei mistérios, invenções, histórias que ficam por muito tempo na nossa mente, penetrando ali, e sabe lá quando sairá daquela página favorita do nosso livro imaginário. As pessoas sempre me fizeram bem, quando assim tentavam, sempre gostei de estar rodeada de pessoas, mas por mais contente e satisfeita que eu me sentisse ali, naquele momento, eu nunca estava bem o suficiente, eu nunca estava satisfeita o suficiente. E eu confesso até que acreditei por um bom tempo, que toda essa mistura de sensações, emoções, pensamentos, momentos, pessoas, coisas, casas, camas, era estranho o bastante para me fazer desistir sem sequer ter chegado a segunda idade. Sem sequer ter vivido o exagero que é morrer naturalmente, do nada, sem avisos. Isso tudo chega a ser bonito quando se é contado ou lido. Todas essas sensações angustiantes e que para alguns chega a ser até mesmo repetitiva, é constantemente muito temida por todos. Sem distinções, e todo mundo sabe disso, bem lá no fundo. Mas o ponto aonde eu quero chegar não é esse de descrever a morte ou todas as suas influências, o que eu quero realmente dizer com tudo isso, é que eu não sou mais aquela garota de 14 anos que pensava como qualquer outra da sua idade, eu não sou mais aquela garota que gostava de bonecas e de brincar de pique-esconde com as amigas as 15h da tarde. Na verdade, eu nem sei afirmar se um dia eu fui essa garota tão inocente, na verdade, eu não sei nem se essa tal época coincide com a descrição. É tudo tão mútuo, e inventado, e passageiro, e momentâneo, que eu chego até a acreditar que tudo realmente mudou. E quer saber? Mudou, ao menos para mim.

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"Talvez eu até esteja errado, mas que se dane. Se uma pessoa não tem paciência nem pra conquistar minha confiança e afastar meus medos, o que eu posso esperar, então? Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil. Eu supero e agradeço." - Tati Bernardi